quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Solidariedade ao Povo do Haiti e os riscos da Massificação Globalizatória

Resolvi enviar essa mensagem em meu diário virtual como uma espécie de apelo, principalmente por mais solidariedade. Muito embora os meios midiáticos estejam nos enviando diversas atualizações acerca da lamentável situação ocorrida no Haiti, verifico por vezes que as pessoas a minha volta, em geral, pouco ou nenhum significado demonstram pelo assunto.

Vivemos nossa vida, literalmente isolados e individualistas, enquanto irmãos de nossa espécie são massacrados pelas intempéries da natureza. Antigamente (nem tanto assim, posso afirmar que há uns cinquenta anos), sem dúvidas o mundo estaria completamente voltado para a trágica situação dos haitianos. Não apenas deles, mas dos sudaneses, dos congoleses, dos Palestinos. Mas não, a massificação globalizatória destronou toda a compaixão que a espécie humana ainda nutria por seus semelhantes.

Desde a intensificação da globalização, no início do século XX, temos sido expostos a uma infinidade de meios de mídia, informações de diferentes tipos e a difusão do conhecimento tomou rumos jamais sonhados pela humanidade. Entretanto, verifica-se que toda moeda possui duas faces, assim como a evolução humana: a globalização nos deixou insensíveis quanto às informações que recebemos. Muitos de nós perdemos a sensibilidade, devido á exposição à infinita gama de tragédias e acontecimentos desastrosos que ocorrem quase todos os dias ao redor do globo. Quando acontece uma verdadeira hecatombe como a atual crise institucional, e ousamos afirmar, populacional, no Haiti, os meios de mídia como sempre encharcam o povo com informações a respeito, o que não deixa de ser sua principal função; os órgãos governamentais, organizações intergovernamentais e não-governamentais de caráter internacional em diversas partes do mundo auxiliam nas sucessivas reconstruções desse que se pode vulgarmente afirmar como o país mais "azarado" da face da Terra; entretanto o elemento humano, o indivíduo em sua singularidade e singeleza, não se compadece da situação por que passam os Haitianos. Pessoas vivem normalmente suas vidas, poucos são os setores da sociedade civil que arrecadam fundos com o objetivo de auxílio aos irmãos haitianos, basicamente deixa-se a cargo e se lança no colo das OI's e dos governos de Estados Nacionais a responsabilidade pela reconstrução desse Estado que, alguns sabem, foi o primeiro a alcançar a emancipação política na América, já no século XVIII.

Clama-se por mais compaixão, solidariedade e atenção que seja ao povo haitiano e a verdadeira batalha por que passam os habitantes desse Estado. Não se exige auxílio direto, envio de capital nem nada do gênero: simplesmente Atenção e Compaixão, isso é o que esperam os Haitinaos, como mínima manifestação da essência humana primitiva que ainda resta na civilização ocidental.

2 comentários:

  1. É sem dúvida, infelizmente, uma das situações mais desastrosas pro caráter humano essa última e bárbara ação da natureza.País este tão necessitado da misericórdia do Senhor, é doloroso demais ver dia após dia as notícias advindas deste lugar. Realmente precisamos nos compadecer dos haitianos e agir de forma vigorosa para a reestruturação desta pobre sociedade. Meus sentimentos a todos os haitianos e vítimas deste mundo de catástrofes naturais.

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  2. Bem, querido, eu discordo de você em um ponto. Quando a humanidade foi mais solidária?? Acaso alguém na Europa teve pena do massacre sofrido pelos países do Novo Mundo? Ou então algum americano consciente da nova exploração promovida pelo imperialismo?
    O ser humano por natureza é destrutivo e não acredito que deixarão de viver suas vidas felizes. Tem uma fala do meu querido Joaquin Phoenix no filme "Hotel Ruanda" que diz o seguinte: "O que acontecerá? Simplesmente, milhares de pessoas do mundo assistirão essas imagens enquanto jantam e dirão "Oh, mas que horror" e voltarão a comer com a calma habitual".
    A ajuda, no entanto, que deveria ser dada aos haitianos é de ajudar-lhes a criar uma estrutura a qual consigam sobreviver o mais próximo de independentes possível. E não trazer uma boa quantia para cá, como se propôs o Lula, para ajudar, pois não ajuda. É só trazer mais um exército de esfomeado (como se já não houvesse aqui) sem especialização e capacidade de trabalho alguma.
    Enfim, é um assunto longo e polêmico, hehe

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