Sempre que posso, continuo a escrever nesse meu velho diário eletrônico, esse verdadeiro amigo que, bastante fofoqueiro, revela a toda a rede mundial de computadores o que penso e escrevo a ele. Faço isso desde quando o criei, nos idos de 2009, quando engatinhava na vida acadêmica como aluno da Gloriosa e Saudosa Faculdade Nacional de Direito da UFRJ.
Desde então, colegas se tornaram amigos, amigos afastaram-se pelas vicissitudes da vida cedendo espaço para outros colegas, que também se tornaram amigos, e assim por diante. Talvez por isso a vida quis que me tornasse Advogado, pois embora bastante intransigente às vezes (confesso), sempre soube ouvir e cultivar relacionamentos.
Conheci minha futura esposa na Faculdade de Direito, formei-me, militei (e milito) ativamente na prática forense desde 2013, tornei-me Advogado da Autoridade Portuária Federal do Rio de Janeiro em 2014, saindo de lá em 2016 para assumir o cargo de Procurador do Município de Goiânia e, em 2018, de Professor da Universidade Estadual de Goiás. Ainda assim, sempre que posso regresso a minha terra, ao meu querido Rio de Janeiro, onde estão e sempre estarão minhas raízes e as raízes de minha família.
Este ano de 2020 foi extremamente atípico. A pandemia que assolou o mundo ceifou a vida de milhões de pessoas, e não poupou ninguém. Todos conhecemos alguém que morreu ou sofreu sequelas da maldita doença. A fragilidade humana foi exposta, e tornamo-nos pequenos diante da implacável mão da Natureza sobre a humanidade.
Sempre fui um entusiasta da Civilização, e daquilo que ela trouxe aos seres humanos. Brinco com vários colegas de trabalho no sentido de que defendo os interesses do Estado há seis anos (quatro como Procurador Municipal e dois como Advogado em Empresa Estatal) pois sem ele, restaria a barbárie. O Estado hoje é a encarnação mais próxima que temos da Civilização enquanto conjunto de instituições humanas que remonta à Suméria, à Babilônia, ao Egito e a tantas outras nações do passado, que nos legaram o conhecimento (ora, se Grécia e Roma não tivessem entabulado contatos com as grandes civilizações do passado, não teriam incrementado seus desdobramentos culturais e nos legado a cultura ocidental que temos hoje em nossas próprias Civilizações, representadas pelos Estados).
Entretanto, tenho minhas dúvidas neste ano de 2020 se o Estado é uma instituição que deva sofrer uma releitura, à luz das relações internacionais, em busca de um modelo de cooperação internacional vinculativo e que não deixe ao sabor da vontade (autoritária) do Estado, por exemplo, o momento de se adquirir medicamentos ou a tão sonhada vacina ao vírus que assolou o mundo em 2020, e que ainda assolará em 2021.
Neste ano de 2020 encerrei meu Mestrado em História, e em princípio pretendo aproveitar um período sabático em 2021. A vida neste plano de existência é curta e temos de aproveitá-la ao lado de quem amamos. É o que farei. Contudo, não deixarei de estudar, pois tudo o que sou hoje devo ao estudo, o maior libertador das amarras da ignorância e do cativeiro da intolerância.
Uma vez mais, tentarei dar seguimento regular a publicações neste Blog. Num tempo de leituras rápidas e não reflexivas, creio que possa contribuir assentando o tijolo do conhecimento em confronto com as meras informações a que somos submetidos diuturnamente. Conto com os leitores que já garantiram mais de 20.000 visualizações a este meu amigo fofoqueiro. Desejo-vos um 2021 com saúde e paz!


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